sábado, 4 de junho de 2016

Capítulo 32

-vim a convite da Verônica então nem pense em me expulsar
-se você é convidado dela, fica com ela, mas me deixa em paz, me larga-eu estava estática
-ah Raquel, estamos nós dois sozinhos, a gente podia muito bem relembrar o passado, aqueles bons e velhos tempos, aqueles

Ele segurou minhas mãos com uma mão apenas, e a outra ele desceu pro meu seio e o apertou. Eu fiquei estática, todas as lembranças do passado vieram a minha mente, a sua recusa de aceitar o meu não, seu jeito forçado, como ele me apertada e sentia prazer ao me ver sem reação nenhuma. As lágrimas começaram a descer do meu rosto enquanto eu tentava me soltar dele. Ele levou sua boca até meu pescoço e eu gritei implorando por não.

-o que está acontecendo aqui?-escutei a voz da minha amiga

O Marlon também escutou e se afastou, eu fiquei parada no meu lugar apenas soluçando de tanto chorar, eu não queria relembrar esses momentos, eu queria apenas esquecer tudo o que ele forçou a fazer.

-então é por isso que não me quer com ele, Raquel? Por que você é apaixonada por ele? É isso?-ela perguntou irônica

Eu a olhei incrédula, eu não podia estar ouvindo isso dela, não dela. Eu me virei pra ela e limpei minhas lágrimas.

-eu jamais seria apaixonada por alguém que me forçou a ter a primeira vez, e que ao me ver gritar de dor sentiu prazer, eu jamais serei apaixonada por alguém que não sabe respeitar o limite do outro, eu não te queria com ele, porque não queria ver você sofrer o que eu sofri com ele

Sai da cozinha e a Verônica me olhava pasma. Peguei apenas a minha bolsa e sai daquele apartamento, fui direto pro elevador e apertei o botão da corbertura. Assim que cheguei percebi que eu estava descalça, mas isso não importou, nesse momento eu só precisava do carinho do Luan, e quando a porta abriu eu me joguei em seus braços.

-ei, o que aconteceu?-me colocou pra dentro e fechou a porta
-eu preciso de um banho-pedi sem o soltar
-primeiro me diz o que houve?
-depois
-tudo bem

Ele me levou até o banheiro, tirei toda a minha roupa com o auxílio dele e ele também tirou a roupa, entramos os dois em baixo do chuveiro. Ele cuidou de mim, e não tentou nada, além de me acalmar.

Quando terminamos o banho, eu já não chorava, coloquei um roupão que ele me deu e o mesmo apenas enrolou uma toalha na cintura.

Nos deitamos na cama e ele me virou e frente pra ele, eu estava com vergonha, eu queria contar a ele, mas não tinha coragem.

-me diz o que aconteceu
-eu e a Verônica, brigamos feio-omiti partes da história
-quer mesmo que eu acredite nisso?-ele me olhou tedioso-confia em mim-pediu sério
-eu tenho vergonha
-de mim?
-da situação

Antes que ele perguntasse algo a mais a campainha tocou. Grudei nele e o mesmo acariciou meu rosto.

-fica calma, eu to aqui-ele pediu

O mesmo saiu e quando voltou, a Verônica apareceu junto com ele, ela me olhava atordoada.

-eu preciso de resposta-ela disse me olhando
-você já me disse o que você queria, agora me deixa-eu disse irritada e triste com sua atitude minutos atrás
-me conta essa história Raquel, porque se ele te forçou a fazer o que você não queria, isso não foi sexo, foi estupro-ela disse sem se importar que o Luan estava ali
-o que?-Luan veio até mim e perguntou pra mim sem entender
-eu vou contar-abaixei a cabeça envergonhada
-que bom, porque estou louco pra saber isso-o Luan disse irritado
-eu tinha meus dezesseis anos quando conheci o Marlon, ele era gente boa, bonito e fazia que gostava de mim, a gente saiu juntos um dia e ficamos, fomos ficando e apenas beijo, eu não queria algo mais, até que um dia ele me chamou pra ir na praia, era a data de aniversário da minha mãe e eu não tinha ela ali pra comemorar, eu estava triste e ele sabia, eu confiava bastante nele a ponto de dividir minhas tristezas, saímos juntos e na hora de vim embora ele fez um percurso diferente e parou em uma rua deserta e totalmente escura, eu não queria fazer nada com ele, o mesmo começou a me beijar e a forçar coisas que eu não queria, ele era mais forte e conseguia me usar, ele começou a ficar violento e a querer me bater, então cedi e assim aconteceu, ele se fez de apaixonado e na primeira oportunidade que teve asós comigo, ele fez isso, quanto mais eu dizia não, mais ele sentia prazer e continuava o que fazia, foi horrivel-contei chorando como tudo aconteceu, eu odiava lembrar esse dia
-me perdoa-ela se ajoelhou na minha frente e abaixou a cabeça chorando

Eu estava chateada, mas simplesmente não conseguia ficar brigada com ela. Ela repetiu por diversas vezes a palavra perdão e eu apenas chorava. Olhei pro Luan e ele andava pra lá e pra cá no quarto que nem um louco possuído.

-o que estava acontecendo lá em casa quando cheguei?-ela perguntou preocupada
-ele disse que queria reviver os velhos momentos
-esse cara está no seu apartamento?-o Luan perguntou furioso
-sim-a Vê respondeu

Antes que eu pudesse evitar, o Luan saiu como um foguete pelo apartamento a fora, eu descalça, descabelada, e desnuda, apenas com o roupão, corri atrás dele.

-não faz isso Luan, não vale a pena

Ele descia as escada e eu atrás tentando acompanhar.

-eu te disse-ele negou e continuou a descer
-para com isso-eu pedi
-ninguém toca em você-ele disse raivoso
-por favor não faz nada,  eu não quero te ver brigar-implorei
-então volta, pois isso não será uma conversa amigável

E finalmente ele chegou no meu andar, o mesmo percebendo que eu estava próxima correu até a porta do meu ap, abriu a porta e ela estava apenas encosta. Ele era rápido e com a raiva que estava era capaz de matar o Marlon. O mesmo entrou no apartamento e eu entrei logo atrás, ele já estava no chão com o Marlon enquanto socava a cara dele.

-Luan-comecei a grita-lo

Se ele se machucasse por minha causa, eu jamais iria me perdoar.

O Marlon acertou um soco nele, mas o Luan revidou e deu um soco atrás do outro. Ele estava descontando ali anos da minha vida que deixei de viver intensamente.

Corri pra porta e vi os meninos da agência, eu estava desesperada. Apenas os puxei pro meu ap, e mostrei o que estava acontecendo, já que eu não conseguia falar.

Os meninos separaram e tiraram o Luan de cima do Marlon, que agora estava desacordado e cheio de ematomas no rosto, a Verônica entrou no apartamento e não conseguiu ficar ali, ela voltou. O Luan me viu logo atrás dele e veio até mim e me abraçou.

-ta tudo bem, eu vou te proteger-ele sussurrou no meu ouvido, e eu não duvidava disso
-você exagerou
-não exagerei não, ele tocou em você, e você é minha, ninguém toca mais em você dessa forma-ele disse sério e possessivo

Eu apenas concordei, eu também não queria ser tocada, sexualmente falando, por outra pessoa.



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Se tem uma coisa que me deixa passada, é gritar comigo sem eu ter feito nada. Se tem uma coisa que eu não admito, é gritar comigo🎶

Segura o forninho que ele tá caindo kkk
Palmas pra Verônica, que ótima amiga né non 👏
Luan defendeu a Raquel, que bonitinho ❤

10 comentários:

  1. Se tem uma coisa que me deixa passada, é gritar comigo sem eu ter feito nada. Se tem uma coisa que eu não admito, é gritar comigo🎶

    LUAN É TÃO LINDO DEFENDENDO ELA 😍😍😍
    IMAGINEI ATÉ A CENA NA MINHA CABEÇA 😍😍😍

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  2. EU SABIAAAAAAAAA, SOU MUITO GENIA CARA..
    Continua

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  3. Eu sabia que a primeira vez dela tinha sido um sexo forçado (vulgo estupro), Luan fez o "certo" bater nele. Contínua

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  4. Irruuuhh! Pegou fogo o cap. Gente do céu! Esse Marlon é um maníaco. Credooo!

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  5. Meu Deus, caraca moleque, que dia que isso 🎶 sabia que tinha rolado algo com ela desse tipo, continua amor

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  6. Eu já imaginava isso mais o Cap ficou melhor que imaginei
    Continua

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